terça-feira, 23 de março de 2010

Redes elétricas inteligentes - como desenvolver uma infraestrutura para o século 21

Greenpeace projeta mensagens a favor de uma revolução energética,  baseada em energias renováveis, durante Fórum Europeu de Energia  Nuclear, realizado em Praga, na República Tcheca.

Greenpeace projeta mensagens a favor de uma revolução energética, baseada em energias renováveis, durante Fórum Europeu de Energia Nuclear, realizado em Praga, na República Tcheca.

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São Paulo (SP), Brasil — Quem tem medo do escuro pode abraçar as energias renováveis.

Um novo estudo do Greenpeace, feito em parceria com o Conselho Europeu de Energias Renováveis (Erec, na sigla em inglês), mostra como as redes elétricas do mundo poderiam ser transformadas para suportar uma matriz elétrica com 90% de energia renovável em 2050.

A transformação, alcançada com um nível modesto de investimento, é uma grande oportunidade de negócio para empresas de tecnologia e permitiria cortes gigantescos nas emissões de gases do efeito estufa.

“Renováveis 24h – a infra-estrutura necessária para salvar o clima” é parte do cenário [R]evolução energética, cenário traçado sobre como garantir o fornecimento de energia no futuro de forma amigável com o clima do planeta.

Um ponto referente à Europa, detalhado no relatório, faz eco nas necessidades brasileiras. Uma comparação de 30 anos de dados meteorológicos com as curvas anuais de demanda da Europa demonstra que, com a rede elétrica em uso, há apenas uma chance de 0,4% – ou 12 horas por ano – que a alta demanda ocorra quando a geração solar e eólica é baixa. O reforço proposto para a rede retiraria esta pequena incerteza, garantindo um fornecimento constante.

O estudo explica como redes elétricas inteligentes (smart grids, em inglês) locais e regionais poderiam ser conectadas de forma eficiente com uma super rede (super grid) de alta voltagem[1], para garantir um fornecimento ininterrupto e confiável de eletricidade, sem ativar usinas térmicas a carvão ou nucleares.

No Brasil, o alto potencial de renováveis (solar, eólica e biomassa) certamente garantiria a mesma oferta confiável de energia projetada para a Europa pelo relatório.

Por enquanto, a experiência de 2009, quando um blecaute atingiu quatro regiões do país, evidenciou a necessidade de investir em redes inteligentes e reforçar as existentes. Hoje não se pode confiar nas linhas de transmissão de Itaipu nos picos de consumo de energia, decorrentes do forte calor e da recuperação da produção industrial.

“Apesar da abundância de chuvas e dos níveis elevados dos reservatórios, opta-se por acionar as termelétricas fósseis, a fim de evitar o risco de sobrecarga nas linhas de transmissão das hidrelétricas”, afirma Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace. “Como efeito colateral, sofremos tanto com as emissões de gases-estufa dessas usinas quanto com seu custo elevado.”

Devem ser gastos cerca de R$ 80 milhões com as termelétricas durante a temporada de calor, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).



“Com redes inteligentes, nós basicamente combinamos internet com eletricidade”, comenta o especialista em energia do escritório internacional do Greenpeace, Sven Teske. “Reforçar as redes inteligentes é uma grande oportunidade de negócios, especialmente para companhias de tecnologia. Na Europa, o investimento anual necessário ficaria em torno de € 5 bilhões, ou seja, menos de € 5 por ano por casa. Para destravar o investimento necessário em uma estrutura que seja amigável com o clima, precisamos urgentemente de políticas que apóiem a transição para uma oferta de eletricidade 100% renovável”, afirma Teske.

“O mercado global de energia renovável poderia crescer em índices de dois dígitos até 2050, e se equiparar ao tamanho atual da indústria fóssil. Hoje em dia, o mercado global está na casa dos US$ 120 bilhões e dobra de tamanho a cada três anos”, diz Christine Lins, secretária-geral do Erec. “O mercado global de renováveis caminhará lado a lado com o desenvolvimento de redes inteligentes, quando a participação de energia eólica e solar fotovoltaica passar de um terço do total de energia gerada.”


O relatório “Renewable 24/7” pode ser lido http://www.greenpeace.org/eu-unit/press-centre/reports/EU-energy-revolution-report e em www.erec.org.

Mais informações:

[1] Smart Grids ou redes inteligentes enviam de eletricidade dos pontos de geração até os consumidores utilizando um sistema de monitoramento com tecnologia digital. Este sistema permite a integração de fontes energéticas descentralizadas como solar e eólica, assimilando sua entrada no sistema nos períodos de vento e sol. Permite também o controle do consumo de aparelhos e eletrodomésticos em residências e edifícios, informando os consumidores em tempo real sobre seu consumo e até desligando alguns equipamentos em períodos de alta demanda energética. Tudo isto é possibilitado através de linhas de transmissão de alta eficiência, que reduzirão as taxas de perdas do sistema elétrico. Desta forma, o sistema economiza energia, reduz custos e aumenta a confiabilidade e a transparência do consumo de energia.

Os Super Grids ou super redes usam linhas de corrente contínua de alta tensão (HVDC) para transportar grandes quantidades de energia a grandes distâncias, com alta eficiência. Este sistema permitirá que a energia eólica do sul e solar do nordeste do país seja distribuída para outras regiões, evitando a sobrecarga das linhas de transmissão de grandes centrais de geração de energia.

Continuação da materia sobre a nestle

Julia

Desde que recebemos o seu e-mail tentamos entrar em contato com você no telefone indicado, pois,

gostaríamos de conversar diretamente com você sobre a questão exposta em sua mensagem.


Saiba que questões como essa merecem toda a atenção de nossa parte. E, como não conseguimos ,

contatá-la, segue abaixo a posição de nossa empresa sobre o assunto exposto:


A Nestlé compartilha da preocupação com a séria ameaça ambiental às florestas tropicais e campos ,

de turfa no sudeste asiático, provocada pelas plantações para produção de óleo de palma.

A empresa anunciou recentemente seu compromisso de utilizar somente "óleo de palma sustentável ,

certificado", até 2015, quando quantidades suficientes devem estar disponíveis.

Devido a este compromisso, a empresa está tomando todas as medidas cabíveis para impactar seus ,

fornecedores e garantir que não comprem óleo de palma que contribua para o desmatamento.

Como parte de nosso compromisso, temos intensificado a investigação de nossa cadeia de ,

fornecimento de óleo de palma para identificar qualquer fonte que não atenda a nossos elevados,

padrões de sustentabilidade.

Em razão desses rígidos padrões de segurança de alimentos, fizemos isso de maneira deliberada,

uma vez que utilizamos óleo de palma para produtos alimentícios,

diferentemente de sabão ou produtos para cuidados pessoais.

A Nestlé substituiu a empresa indonésia Sinar Mas como fornecedora de óleo de palma por outro ,

fornecedor para os embarques futuros.


Ressaltamos que a matéria-prima adquirida da Sinar Mas foi utilizada apenas para fabricação,

na Indonésia, ou seja, o óleo de palma procedente da Sinar Mas,

não foi utilizado pela Nestlé para a fabricação em qualquer outro país.

Também nos unimos a outros grandes compradores de óleo de palma para certificarmos que empresas,

tais como a Cargill,

tomem conhecimento da nossa necessidade de óleo de palma que não provenha de fornecedores que,

destruam florestas tropicais. Neste momento,

nossos fornecedores de óleo de palma declaram que não podem garantir que uma empresa em,

particular seja excluída, devido à mistura de óleo de palma em uma cadeia de suprimentos muito,

complexa.

Continuaremos a pressionar nossos fornecedores para eliminarmos quaisquer fontes de óleo de palma,

que sejam relacionadas à destruição de florestas e fornecer garantias válidas de rastreabilidade
o mais breve possível.


Com relação à nossa fonte de produtos de papel e embalagem, confirmamos que não adquirimos,
nenhum material da Ásia Pulp & Paper (APP).


O Nestlé Supplier Code estabelece padrões mínimos não-negociáveis e é solicitado aos nossos,

fornecedores que o respeitem e cumpram ao realizar negócios. O código inclui padrões de,

sustentabilidade e ambiente. Adicionalmente, por meio da Nestlé Policy on Environmental Sustainability

a empresa compromete-se a dar preferência a fornecedores que busquem continuamente melhorar
a eficiência e sustentabilidade de suas operações e o uso de recursos.


Atenciosamente,

SERVIÇO NESTLÉ AO CONSUMIDOR